domingo, 18 de abril de 2010

11. Quem tem tempo, faz a colher e borda o cabo

Muito já falei sobre o desrespeito ao “Tempo”, que para mim é tão importante na vida dos seres do planeta Terra, que o chamo de “Deus Tempo”.

Até agora falei da maneira incorreta que, geralmente, “Ele” é vivenciado, sem nenhum respeito aos seus estágios: passado, presente, futuro. Também considero um desrespeito o hábito do ser humano de pular etapas. Afinal, “cada coisa no seu devido tempo”. Porém, me chateio mais ainda com o fato de não se fazer nenhum agradecimento a “Ele”, pelo seu silencioso trabalho de orientar o dia a dia dos homens.

Para as pessoas que não respeitam o “Deus Tempo”, o dia tem apenas umas dez horas, não permitindo assim que elas executem a metade das coisas a que se propõem a fazer. Para outras, no entanto, o dia parece ter quarenta e oito horas. Elas aprenderam a respeitar e cultuar o “Tempo” e por isto são abençoadas por este “Deus”, que permite que seus cultuadores “façam a colher e bordem o cabo”, isto é, que cumpram as suas tarefas diárias com obrigação e também com arte, ajudando a embelezar este mundo que, por si só, já é tão belo. Conviver de forma adequada com o “Tempo” possibilita o desenvolvimento dos nossos dons inatos: nossas artes.

De nada adianta fazermos um abaixo-assinado para Deus, pedindo para que o dia tenha quarenta e oito horas, a fim de que possamos realizar todas as tarefas diárias. O segredo não é aumentar as horas de um dia e, sim, adequar as tarefas para a quantidade de horas que o dia possui.

Viver pode ser uma grande dança se ritmada pelo “Tempo”.



(livro "Provérbios - Sabedoria do Povo)

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