domingo, 18 de abril de 2010

6. Deixe o prego que o martelo chama

Existe uma pessoa, muito sábia, com a qual eu converso desde criança. Eu não poderia dizer a idade cronológica que esta pessoa possui, mas diria que ela tem a idade da sabedoria. E um dos seus sábios ensinamentos, diz o seguinte.

“Somos seres da natureza.
E, como tal, somos orientados e comandados por ela.
A única diferença que existe entre as pedras,
as flores, os animais e os homens é que,
estes últimos, pensam que podem guiar a si próprios.
Pior ainda, pensam que podem comandar
a própria natureza”.

Pois é, talvez nós sejamos os únicas seres da natureza que não nos orientamos pelas suas leis e impedimos que ela siga o seu curso natural. E, por esta atitude orgulhosa e inconsequente, temos pago altos preços. As consequências são vistas no planeta e sentidas no nosso corpo físico.

“Deixe o prego que o martelo chama” nos diz: deixe as coisas acontecerem naturalmente, confie na sabedoria do “Universo”. Afinal, Ele só conspira a nosso favor. Se isto é difícil de ser aprendido por nós, é porque requer o sentimento da fé como prérequisito. E, segundo Jung, não é possível exigir que se tenha fé. A fé só tem valor quando espontânea.

A fé é um sentimento que existe em germe no ser humano e, que aos poucos, vai tornando-se real e fortalecida. É tão importante que figura na carta de São Paulo aos Coríntios como um dos três sentimentos – a fé, a esperança e o amor – que permanece quando atingimos a maturidade espiritual.



(livro "Provérbios - Sabedoria do Povo)

Um comentário:

  1. Que sacerdotisa sábia!! Sorte a dos discipulos dela, tomara que eles saibam aproveitar.

    ResponderExcluir