domingo, 18 de abril de 2010

19. Um torto falando do aleijado

“Uma mulher; todos os dias na hora do almoço, ao ver a roupa da vizinha estendida na corda, comentava com o marido: – que mulher preguiçosa! Isso é roupa lavada?! Está toda suja! Não tinha um só dia que a mulher não fizesse este comentário. Quando o marido não mais suportou, disse: – não é a roupa da vizinha que está suja, mulher, é que você está vendo a roupa através da sua vidraça imunda.”

Quando enxergamos um defeito em alguém,
o vemos através da nossa mente e coração sujos.

O defeito está em nós. Mas, como é muito difícil admitirmos nossos erros, os transferimos para outrem. Confirmando as palavras de Jesus: “Por que verdes um argueiro no olho do vosso irmão, vós que não verdes uma trave no vosso olho?”

Quem somos nós, seres imperfeitos,
para criticarmos as imperfeições alheias?

Podemos até não termos os mesmos defeitos de uma determinada pessoa, mas temos outros. E voltando a Cristo, o maior psicoterapeuta da humanidade, na passagem com Madalena, onde todos queriam apedrejá-la por ela ser prostituta, Ele solucionou o problema dizendo: “aquele que tiver sem pecado, que atire a primeira pedra”. Lógico que ninguém teve a “cara-de-pau” de apedrejá-la. Então, porque seremos nós a jogarmos pedras no telhado do vizinho, quando o nosso é de vidro?

“Quem tem telha de vidro não joga pedra na do vizinho.”

Ninguém ajuda ninguém com críticas (até mesmo as chamadas “construtivas”, caso sejam feitas sem a sabedoria de quem sabe e deseja ajudar o outro). Para que se ajude alguém é preciso uma imensa dose de compreensão dos limites do outro. Só depois se deve ir ensinando, gradativamente e com muito amor, a melhor forma dele superar os seus defeitos.

Seus inimigos não merecem que você perca
seu tempo criticando-os.
Seus amigos só merecem o seu amor,
sua compreensão, paciência e sabedoria.




(livro "Provérbios - Sabedoria do Povo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário