domingo, 18 de abril de 2010

14. A galinha da vizinha é mais gorda que a minha

Isto é um sentimento claro de inveja. E você, provavelmente, fica triste por possui-lo. É que nos ensinaram, desde pequenos, que existem sentimentos bons e ruins e que somos “pecadores” quando não possuímos os bons. Na verdade, o que existe são sentimentos! Eles se tornam bons ou ruins a depender de como os utilizamos e em que dosagem.

O amor – que é considerado o mais belo dos sentimentos – mata, quando dado em dose excessiva (quantos assassinos estão presos por matarem em nome do “amor”?). No entanto, o egoísmo deixa de ser um vilão, quando se compreende que primeiro é preciso pensar em si mesmo, para depois pensar no outro. Afinal, só quem está feliz pode fazer alguém feliz. E foi o próprio Jesus quem disse: “Ama o próximo como a ti mesmo”. Enfim, primeiro ame a si e depois ame o outro. Este egoísmo só se torna algo prejudicial quando não se pensa primeiro em si, mas só em si.

“O veneno da cobra tanto mata, quanto cura.”

Assim são os sentimentos: podem ser bons ou ruins a depender do ângulo em que sejam vistos e com que finalidade sejam utilizados. A inveja, por exemplo, pode servir como instrumento de crescimento material, se ao olhar para um carro zero quilômetro admirando-o, você se esforça para um dia poder ter um igual. Você não deseja que aconteça um acidente com o carro para que seu dono deixe de ter conforto, apenas quer conforto também. Esta inveja estimula a ambição, que por sua vez estimula o trabalho.

Se você olha a “galinha gorda da vizinha” para que, imitando-a, faça uma criação igual a dela, parabéns! Porém, se seu desejo é de destruição e não de construção, pare e reflita sobre a forma que está utilizando a inveja. E muito cuidado para não estar sofrendo da “síndrome da eterna insatisfação”.



(livro "Provérbios - Sabedoria do Povo)

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