domingo, 18 de abril de 2010

4. Cada dia com sua agonia

“Cada dia com sua agonia” e com suas alegrias.

É assim um dia: composto de dores e sabores; de busca de prazeres e amores; recheado de encontros e desencontros. E é exatamente quando a busca é em vão, que a dor aparece e junto com ela a agonia.

Esta agonia que surge pela falta de serenidade para realizar as buscas nossas de cada dia. Serenidade que só é alcançada quando se está disposto a trilhar o caminho do meio. Pois esta grande busca deverá ser sempre o equilíbrio interno, que poderá ser atingido mantendo o nosso instrumento – o corpo físico – em constante afinação, a fim de que ele possa refletir as notas harmoniosas da alma. Afinal, viver se constitui na arte de “afinar o instrumento, de dentro para fora, de fora para dentro é manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo”.

Sábia orientação que nos é fornecida por uma linda música, e que nos parece, às vezes, impossível de ser seguida. Principalmente, no que diz respeito ao coração tranquilo. Como diz uma amiga, “nós não amamos, sentimos gunia” (não é nem agonia, é “gunia” mesmo!). Amamos de forma inquieta, levando a paixão ao seu extremo (como tudo que fazemos), nos esquecendo de que a paixão é uma potente fera, com a qual só devemos brincar se tivermos poder sobre ela. E como toda fera, por mais linda que pareça e por mais prazer e emoção que nos proporcione, deve ser domada e mantida sobre controle, para que não ataque o seu dono, fazendo com que este se desespere de dor.

Manter a “mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo”, a fim de que possamos superar as agonias comuns de um dia, pode parecer uma orientação realmente difícil de ser seguida, mas não impossível! Caso nos fixemos nela todos os dias.

Impossível é uma palavra que não existe
no dicionário dos Homens de boa vontade.

O “Universo” não nos pede nada
que não sejamos capazes de realizar.




(livro "Provérbios - Sabedoria do Povo)

Um comentário: