quinta-feira, 18 de março de 2010

32. A mão que afaga é a mesma que apedreja


A rosa não é constituída apenas por pétalas. Ela tem também os espinhos, que são utilizados como autodefesa, ferindo as pessoas que a agridem ou que ela pensa que irão agredi-la. Porém, se a tratarmos com carinho, se evitarmos tocar nos seus espinhos, teremos toda beleza da rosa em nossas mãos.

Assim são todos os seres humanos, inclusive você. Constituído de flores e espinhos, de defeitos e virtudes. E para que tenhamos a flor do ser humano, torna-se necessário que aprendamos a conviver com os seus espinhos.

Aquela pessoa que a ama é também capaz de, em um dado momento, ser agressivo com você. Seu amor não pode ser analisado por um minuto apenas, apegando-se à pedrada e esquecendo-se de todos os afagos recebidos.

A rosa continua sendo extremamente bela,
mesmo possuindo espinhos.

Quando você vai acariciar uma rosa e ela sem compreender sua atitude lhe fere, você não guarda mágoa, pois sabe que nem sempre ela se encontra em condições que lhe propiciem “adivinhar” a sua intenção. Por que, então, magoar-se com o ser humano, se o mesmo acontece com ele?! Sua condição atual não permite que adivinhe sempre as intenções do outro. Além disso, magoar-se fará apenas com que perca energia, com que desequilibre seu próprio metabolismo, mas nunca fará com que a natureza dê saltos, que o Homem repentinamente deixe de ter defeitos.

Sempre encontrará pessoas que lhe machucarão. Às vezes ficará na dúvida, se ao perdoá-las está sendo compreensivo ou “sem sentimentos” – sem amor próprio. Para que chegue a uma conclusão, imagine uma balança; coloque de um lado os afagos e de outro as pedradas dadas por esta determinada pessoa; avalie para que lado a balança pende, a fim de que possa decidir continuar ou não o relacionamento. Se escolher continuar, lembre-se que a opção foi sua. Optou pelo que era conveniente para você! Então, não se faça de vítima, acreditando que está sacrificando-se por alguém. Na verdade, escolheu o que era melhor para você (pelo menos, naquele momento).

Compreenda que os espinhos, muitas vezes, incomodam mais à roseira, do que às pessoas que ela fere; e que ela só não os tira porque não sabe como fazer isso.

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