quinta-feira, 18 de março de 2010

39. Errar é humano, diabólico é persistir no erro


Podemos encarar as consequências ruins dos nossos atos de uma forma menos sofrida, se ao invés de fazermos o papel de vítima, encararmos estas consequências como instrumentos de aprendizado.

Nós não culpamos uma criança de um ano de idade por derramar o seu suco, pois compreendemos que seu estágio psicomotor faz com que cometa estes pequenos desastres. É, somos todos crianças em processo de aprendizagem.

Tomar consciência dos erros é uma coisa!
Fazer disto uma autotortura é outra completamente diferente.

Caso culpar-se resolvesse problemas, eu diria: “Se culpe, se culpe, se culpe”. Mas não resolve! Portanto, se errou, “levante, sacuda a poeira e dê a volta por cima”. Se voltou a cair, levante-se de novo. Até a criança aprender definitivamente a não mais derramar o suco, várias vezes ela o derramará.

“Só nunca errou quem nunca tentou”.

O que importa não é se você conseguiu acertar, e sim, suas tentativas de acertos. Quando deixamos de tentar é que, por orgulho, tememos fracassar. Tudo bem, não seremos fracassados. Em compensação, seremos covardes!

Segundo Elbert Hubbard (escritor americano):
“O maior erro que você pode cometer na vida
é o de ficar o tempo todo com medo de cometer algum”.

Para Millôr Fernandes:
“Errar é humano. Botar a culpa nos outros também”.

A culpa é um dos sentimentos mais prejudicais que você pode ter. Além de romper a sua proteção energética, deixando o seu corpo receptivo às más energias vindas do meio ambiente, descontrola o sistema endócrino e nervoso. Faz também com que culpando a si mesmo, você sinta-se livre para culpar os outros, gerando um círculo vicioso onde todos são culpados e ninguém é inocente.

Todos somos inocentes,
por sermos seres em processo de aprendizado.

Uma vez conheci um homem que tinha uma amante. Ao perceber que amava a esposa, perguntei porque ele tinha outra mulher. Ele respondeu o seguinte: “eu amo minha esposa, ela é meu patrimônio, o que faço com a outra não posso fazer com ela”. Ele estava referindo-se ao ato sexual. Tinha uma amante (pelo menos na visão dele), por proteção e respeito à esposa.

Esse homem pode ser considerado um “cego”! E assim como ele, somo todos nós. Cada um em relação a uma coisa, independente do grau de cultura que se tenha (será que podemos culpar um cego por ele não enxergar?).

Se compreendermos essa lição na íntegra, não mais nos sentiremos ofendidos e magoados, pois saberemos que ninguém erra porque quer. E que ignorância e cegueira são estágios de alma.
Aí a nossa vida mudará. Consequentemente, o mundo irá mudando também.




(livro "Provérbios - Sabedoria do Povo")


Nenhum comentário:

Postar um comentário